É só olhar o mundo pela janela
Certo dia no ônibus indo para faculdade me sentei e olhei pela janela. Observei que vivo em uma cidade, isso é fato. Uma cidade que possui um aglomerado de pessoas, e que cada uma delas possuem histórias, e certamente cada uma dessas histórias faz mover-se uma das alavancas dessa cidade.
Num banco a frente do meu sentou-se um homem que aparentava ter uns 37 anos. Possuía um jeito diferente no andar, também aparentava ter uma deficiência física, e antes de se sentar ele olhou para mim mas não respondi o olhar, continuei observando a rua através da janela.
Alguns pontos depois ele se levantou e vagarosamente se apoiou nas barras do veículo para descer. O sinal ficou vermelho e comecei a prestar atenção naquele homem atravessando a faixa de pedestres. Olhando pela janela, senti uma coisa que muitas vazes o mundo e o preconceito não nos deixa sentir, foi uma vontade de saber o que ele estava sentindo. Tive anseio e curiosidade em saber se aquele homem já havia amado alguém um dia.
O mundo muitas vezes é mal. Nos acostumamos a julgar as pessoas por sua aparência, e muitos não possuem vontade de entender os sentimentos do outro.
Fiquei imaginando como foi a adolescência daquele homem? Como foi sentir algo por alguém? Em sua fase adulta, ele conseguiu amar? Onde ele mora? Ele é casado ou mora sozinho? Será que ele ama alguém e não tem coragem de dizer?
Chegou um momento que não importava mais a sua deficiência, mas sim a sua história. Quantas histórias de amor estavam ali atravessando a rua e ninguém nunca parou para pensar nisso ou teve curiosidade em ouvi-las?
Foi aí que percebi, todos amamos, não importa o jeito, o gênero, etnia e nem a deficiência, seja ela física ou mental, temos é que aprender que qualquer um pode nos fazer felizes e nos amar, basta você parar e olhar o mundo pela janela, mas de outra forma."
Parceria com Victor Menezes
Sobre o autor
Sou um publicitário, criativo e pensativo, não vivo apenas uma realidade mas sim varias outras, moro no interior , não sou tão caipira o quanto pensam, mas sim um cowboy da realidade contemporânea.
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